O Maranhense|Noticias de São Luís e do Maranhão

"
Últimas NoticiasViagens

Conheça experiências nativas nos Lençóis Maranhenses oferecidas pela agência Gaivota

Turistas podem se conectar com a comunidade e a cultura local ao vivenciar um pouco da rotina dos moradores que residem dentro do Parque Nacional ou em seu entorno

Quem visita os Lençóis Maranhenses geralmente busca pelos tradicionais passeios às lagoas sazonais, feito em veículo 4×4. No entanto, esse Patrimônio Natural da Humanidade dispõe de opções diversificadas de atividades que podem ser realizadas o ano todo. Algumas delas são as experiências nativas, que possibilitam maior interação com a comunidade e imersão na cultura local, proporcionando, assim, vivências mais autênticas e a criação de memórias significativas.

“São consideradas experiências nativas as que possuem maior contato com natureza sem tantos recursos. Por exemplo, quando o meio de transporte é um cavalo, não um carro 4×4, ou uma canoa, em vez de uma lancha. São experiências que se parecem com a vivência do nativo, que se locomove a cavalo, que sai para pescar na canoa”, esclarece Carina Ribeiro, gerente da Gaivota Eco Tur Hub, agência de experiências turísticas do hotel Vila Aty, no vilarejo de Atins, zona rural de Barreirinhas (MA).

Ofertadas pela agência, essas atividades são conduzidas por pessoas da comunidade local. Em algumas delas, os clientes são recebidos na casa de moradores, que servem as mesmas refeições com as quais se alimentam no dia a dia, como é o caso do mini trekking nas dunas dos Lençóis e da pescaria em canoa combinada com a revoada dos guarás.

No trekking de um dia, o turista é guiado em uma caminhada de 12 km até o oásis Baixa Grande, localizado na Zona Primitiva do Parque Nacional, uma área onde visitantes não podem acessar em veículo motorizado. No oásis, uma moradora os recebe para momentos descontraídos de conversa e para recarregar as energias com uma afetuosa refeição caseira.

A pescaria em canoa ocorre na praia de Atins, acompanhada por pescador experiente, e conta com parada para almoço em ilha da região onde uma moradora conhecida como vovozinha prepara na hora o peixe pescado durante o passeio. A aventura é finalizada com a observação do sobrevoo dos guarás. Trata-se de uma experiência mais exclusiva, que depende da disponibilidade da anfitriã para acontecer, por isso nem consta no catálogo da agência, conta a gerente. 

“É muito especial! A dona da casa nos recebe. Ela mora numa cabana, distante de tudo, não tem praticamente nada. A maré sobe e alaga a casa dela todo dia. E ela conta essas histórias de como ela foi para lá, porque ela permanece, com muita alegria. Então traz uma reflexão também para o cliente que vai pra lá. Às vezes, temos tudo e reclamamos, e ela vive de forma extremamente simples e é muito alegre”, reflete Ribeiro.

Outra experiência nativa é a cavalgada nas dunas do Parque Nacional. Ela pode acontecer tanto ao pôr do sol, quanto ao nascer do sol, sempre com a presença de guia. O visitante já sai do local em que está hospedado, em Atins, montado a cavalo, e segue uma trilha até as dunas. Essa é uma atividade mais tranquila, que convida à contemplação, mas também é possível torná-la mais eletrizante cavalgando com mais velocidade, se assim o cliente desejar.

Foto: Allan Vierne/Vila Aty