Como foi a páscoa em tempos de COVID-19
No início deste ano todas as projeções apontavam um crescimento expressivo para a páscoa de 2020, tanto a indústria quanto o varejo falavam em um aumento de 15% nas vendas. Porém, a pandemia do coronavírus acabou afetando diretamente os resultados da indústria.
A empresa Boa Vista (Serviço Central de Proteção ao Crédito) informou ainda no começo de abril que as vendas recuaram 33% em 2020, enquanto, em 2019, haviam crescido 1,5%.
E além dos ovos de páscoa, outra categoria que houve uma queda foi a de bomboniere, que engloba produtos como caixas de bombom e barras de chocolate, onde observou-se uma queda de 56% nas vendas.
E justamente pensando em minimizar o resultado negativo, muitas empresas se adaptaram e investiram no meio online, criando sites próprios ou informando aos consumidores quais varejistas estavam vendendo seus produtos.
A Lacta, por exemplo, reforçou sua atuação em canais de delivery e e-commerce, e criou uma parceria com o Rappi, para que as pessoas pudessem aproveitar as promoções.
A Cacau Show, uma das maiores do ramo, criou um e-commerce com delivery que atendeu todo o Brasil.
“Criatividade tem sido um processo essencial para nós. Além disso, temos franqueados que estão com o serviço de drive-thru, onde o cliente faz o pedido e passa na loja para retirar, muitas vezes sem nenhum contato”, comentou Alexandre Costa, fundador e CEO da Cacau Show.
Outra mudança foi em relação aos preços dos ovos de páscoa. Normalmente, os valores vão caindo progressivamente até a data oficial, porém, o que se viu foram promoções antecipadas tanto no delivery quanto nas lojas físicas. Descontos fixos, descontos progressivos, cashback (dinheiro de volta) para compra de ovos e chocolates em geral, foram as estratégias mais frequentes para aquecer o mercado.
Para tentar minimizar os efeitos negativos, a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab) e o setor supermercadista, representado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), anunciaram no começo de abril um acordo para ampliar a permanência dos produtos de Páscoa nos pontos de venda de todo o Brasil.
De acordo com nota da Abras, “a indústria e os canais de venda vão garantir a permanência dos produtos por maior período para que os consumidores que não conseguiram acessar os itens até o feriado possam fazê-lo com tranquilidade e de forma segura”.
Fontes: Abicab / Boa Vista / Abras