Casa da Mulher Brasileira amplia serviço de acolhimento à mulher vítima de violência
Um novo serviço passa a ser ofertados pela Casa da Mulher Brasileira, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Mulher (SEMU) e que funciona no bairro do Jaracati, em São Luís, somando aos vários já oferecidos na instituição e reforçando o acolhimento à mulher vítima de violência. Já pode ser solicitado atendimento psicossocial 24 horas.
O serviço passa a funcionar durante todo o dia, inclusive aos fins de semana, e contará com equipe multidisciplinar. A ampliação do horário vai garantir mais acesso e agilidade no atendimento, ficando o serviço à disposição da mulher que sofre violência.
A partir de março, uma equipe multiprofissional estará disponível para realizar esses atendimentos, com apoio psicossocial de psicólogo e assistente social. O que muda é que essa equipe multidisciplinar vai atender simultaneamente. Antes, o serviço era oferecido em dias alternados, com uma psicóloga ou uma assistência social.
“A importância desse serviço é que vem somar com os demais existentes na casa. Conseguimos avançar bastante na complementação de diversos atendimentos. São muitas ações criadas e recebemos muitas demandas pela internet, muita solicitação de informações e repassamos tudo à mulher, que é adequadamente acolhida e atendida. Quanto mais conseguimos avanços nas políticas públicas, mais amparo teremos para as mulheres”, pontuou a diretora Casa da Mulher Brasileira, Susan Lucena.
O atendimento psicossocial já é oferecido no Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência de São Luís, que funciona na Casa da Mulher Brasileira, de segunda a sexta-feira. As mulheres recebem o apoio de psicólogo ou psicossocial, com acolhimento e questionamentos, na própria Casa da Mulher. Após, são encaminhadas aos demais órgãos de justiça, parceiros da instituição.
Serviços
A Casa da Mulher Brasileira oferece ainda vários outros serviços, entre estes, processo judicial eletrônico, com encaminhamento online pelas delegacias; apoio da equipe militar da Patrulha Maria da Penha, do Departamento de Feminicídio e da Coordenadoria de Delegacias da Mulher. Ainda, disponibiliza o aplicativo Salve Maria, acolhimento na Casa de Passagem e Casa Abrigo, além de aplicação de medidas para prisão preventiva e determinação de uso de tornozeleira eletrônica aos autores da violência.
“Ao saber que vai achar um serviço estruturado e com muitas opções de atendimento, tendo essa certeza que será atendida, a mulher se sente ainda mais fortalecida para denunciar. E temos, realmente, conseguido aumentar número de denúncias e reduzir o número de feminicídios, a partir do trabalho e de toda a estrutura da instituição”, afirmou Susan Lucena.
Medida protetiva online
A mulher pode solicitar, ainda, medida protetiva de urgência, pelo meio online. Basta acessar o site do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), pelo site [url=http://www.tjma.jus.br]http://www.tjma.jus.br[/url], registrar a violência que tenha sofrido, descrevendo os fatos e já solicitar, por esse canal, a medida protetiva de urgência. As formas de violência – física, moral, sexual, patrimonial ou psicológica – mais sofridas pelas mulheres estão previstas na Lei Maria da Penha e podem ser denunciadas pelo novo canal de atendimento.
“Com essa possibilidade, a mulher pode fazer tudo diretamente neste canal na internet, não tendo mais a necessidade de registrar um boletim de ocorrência na delegacia física ou mesmo na online. É mais um serviço que aumenta o acesso da mulher aos atendimentos da casa e facilita a denúncia”, avalia Susan Lucena.
A Delegacia Online, órgão da Polícia Civil, também acolhe a solicitação de medida protetiva de urgência e mantém o acesso ao registro do boletim de ocorrência, caso a mulher opte por este canal de denúncia.