Busca por crédito no BNB para energia solar residencial cresce 64% no Maranhão

A dois graus da linha do Equador, o Maranhão tem localização geográfica privilegiada quando o assunto é geração de energia solar. Unindo a capacidade de geração energética à necessidade de economia nos custos de consumo, os maranhenses ampliaram em 64% a busca por crédito para financiamento de energia solar residencial junto ao Banco do Nordeste em 2022, quando comparado ao ano anterior.

Residências do Maranhão instalaram sistemas de mini e microgeração de energia solar com a aplicação de R$ 23,5 milhões, contratados a partir da linha FNE Sol Pessoa Física do Banco do Nordeste. Em 2021, o volume de recursos financiados foi de R$ 14,3 milhões.
 
Segundo o presidente do BNB, José Gomes da Costa, as mudanças nos processos de liberação do crédito na instituição facilitaram as operações e estimularam novas contratações. “Nós passamos a adotar o parecer de acesso feito pelas concessionárias de energia em substituição a três documentações que eram exigidas antes, que são a viabilidade técnica, a certificação dos equipamentos e a própria vistoria técnica. Ou seja, nós mantivemos a segurança nas operações, mas reduzimos a burocracia”, afirma.

Outras mudanças importantes foram a liberação integral do financiamento para aquisição do equipamento e a digitalização do processo de contratação, da consulta à aprovação do crédito. Com isso, em toda a área de atuação da instituição financeira – Região Nordeste e parte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, as operações para instalação de energia solar cresceram 62%, passando de R$ 113 milhões em 2021 para R$ 184 milhões em 2022.

De acordo com estudos da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovotaica (ABSOLAR), o crescimento por energia solar no Brasil colocou a fonte energética como a segunda maior da matriz elétrica brasileira, atualmente com 12% de participação e atrás somente das usinas de geração hídrica (50,6%). Os dados ainda revelavam que, desde 2012, mais de 34,5 milhões de toneladas de C02 deixaram de ser emitidas na atmosfera do país em razão dos investimentos na fonte renovável.

Recursos disponíveis
O presidente da instituição, José Gomes da Costa, ressalta que estão disponíveis cerca de R$ 186 milhões para novas operações em 2023. “Acreditamos que vamos contratar até mais, pois apenas em janeiro e fevereiro já financiamos R$ 34 milhões. Isso é quase 20% da meta para o ano”, explica.

A linha de financiamento do BNB, denominada FNE Sol, utiliza recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) no apoio à aquisição de sistemas para micro e minigeração distribuída de energia por fontes renováveis para consumo próprio do mutuário ou destinado à locação. As centrais geradoras que podem ser instaladas por meio desse crédito devem ter potência instalada menor ou igual a 75 kW (microgeração) ou superior a 75 kW e menor ou igual a 5 MW (minigeração).