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Atins, nos Lençóis Maranhenses, oferece opções de atividades ao ar livre para casais aventureiros

Apesar de muito conhecido pelos relaxantes banhos nas lagoas, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses também pode proporcionar experiências eletrizantes. Combinar amor, natureza e adrenalina é uma receita de sucesso para duplas aventureiras, como é o caso do advogado Diego Gama e da dentista Martha Col Debella, ludovicenses que namoram há seis anos.

“É um momento que eu gosto de estar com ela, a gente aumenta nossa conexão, e, cada vez que vamos, voltamos mais unidos”, conta o advogado sobre a experiência de realizar longas caminhadas — denominadas trekking ou hiking, a depender da duração — pelas dunas do Parque ao lado da companheira.

Juntos, os namorados fizeram a atividade duas vezes, sempre com a presença de um guia. Em 2019, antes da pandemia, eles participaram de um trekking em grupo partindo do vilarejo Atins, em Barreirinhas (MA), rumo ao município de Santo Amaro do Maranhão, com duração de três dias. No ano passado, optaram por uma aventura a dois de apenas um dia com destino ao povoado Baixa Grande e retorno a Atins, onde ficaram hospedados.

O casal tenta manter um estilo de vida ativo, praticando exercícios e esportes com frequência. Em busca de aventura, eles também já visitaram a Chapada Diamantina e o Rio de Janeiro, onde fizeram trilhas e outras atividades ao ar livre, mas a preferência é pelo destino turístico localizado no estado em que moram.

“É um lugar mágico, energizante, único para mim no planeta. E pela comodidade de ser o nosso quintal, pela facilidade de ir”, argumenta Diego quanto à predileção pelos Lençóis Maranhenses. Ele já tem planos para voltar a Atins em julho com a namorada.

Trekking e hiking

Caminhar pelas dunas do Parque Nacional por um dia ou menos (hiking) ou por períodos maiores de tempo, com pernoite (trekking), é uma atividade recomendada. Os trajetos mais longos, muito procurados pelos mais aventureiros, guardam belezas quase intocadas.

“Por meio do trekking é possível acessar algumas das lagoas mais bonitas dos Lençóis Maranhenses, onde só é permitido aos turistas chegar a pé, sem apoio de veículos. Existem roteiros de três a dez dias e os viajantes podem dormir em redários na casa de moradores”, explica Saulo Prazeres, sócio-administrador do hotel Vila Aty, em Atins.

Independentemente da duração, a recomendação é que os percursos não sejam realizados sem a presença de pessoa habilitada. “Infelizmente, não é incomum pessoas se perderem ao se aventurar por conta própria, segundo nos relatou guia parceiro, por isso é importante contar com a supervisão de um guia. Tendo esse cuidado, a caminhada pelos Lençóis será uma experiência única e inesquecível”, acrescenta.

Quadriciclo

Um dos charmes de Atins são as ruas de areia do vilarejo, o que torna o local propício para o uso de quadriciclos. Dentro da vila é possível trafegar com o veículo, seja na modalidade quadritáxi, onde se paga uma taxa a cada deslocamento, ou alugando diretamente em uma das agências locais para uso privativo.

A alternativa mais radical são os passeios pelas dunas do Parque Nacional, que só pode ser acessado de quadriciclo com a companhia de um guia. Há roteiros estruturados de meio turno ou de um dia inteiro em que o veículo é conduzido pelo guia ou pelo turista, a critério do contratante.

“O passeio de quadriciclo pelos Pequenos Lençóis é bastante procurado. No caminho, são feitas paradas para banho nas lagoas e para almoço. Ao final do dia, é possível também apreciar a revoada dos guarás”, detalha Jethro Raposo, sócio do Vila Aty.

Kitesurf

Atins ganhou fama no Brasil e no mundo como um destino paradisíaco com condições ideais para a prática do kitesurf. A temporada dos ventos começa em julho e se estende até dezembro. Nesse período, kitesurfistas de todos os níveis visitam o povoado, mas também há espaço para quem deseja iniciar no esporte.

“Bons ventos e a possibilidade de velejar com ou sem ondas fazem do vilarejo um ótimo lugar para aprender kite. Dá para fazer aulas na praia do Atins, em trechos de águas rasas e sem ondas”, comenta Saulo, que também pratica o esporte.

Foto: Divulgação/Vila Aty