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Produção industrial registra queda em junho, mas apresenta recuperação no comparativo anual

SÃO LUÍS – A produção industrial do Maranhão apresentou um leve recuo de 0,1% em junho em comparação com maio, refletindo a retração na maioria dos segmentos industriais.  As informações provêm do Boletim de Produção Industrial elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA) com base na Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o estudo, a única exceção na diminuição foi a produção de minerais não metálicos, que inclui cerâmica, concreto e brita, que registrou um crescimento de 11,3%. No entanto, a indústria extrativa do estado destacou-se positivamente, com um aumento de 119,3% no mesmo período.

Apesar dos resultados negativos na comparação mensal, a análise interanual revela sinais de recuperação na indústria maranhense. Comparado a junho de 2023, o setor industrial do estado cresceu 17,3%, alcançando o maior índice entre as unidades da federação incluídas na pesquisa do IBGE. Esse desempenho foi impulsionado principalmente pela alta de 21,9% na indústria de transformação.

As atividades industriais de celulose, papel e produtos de papel, com um crescimento de 71,3%, e de metalurgia, com um aumento de 27,0%, foram as principais responsáveis pela recuperação na indústria de transformação. Entretanto, a produção de alimentos foi o único segmento a registrar queda, com uma redução de 8,3%, desempenho semelhante ao da indústria extrativa.

No acumulado de janeiro a junho de 2024, a indústria geral do Maranhão apresentou uma variação positiva de 4,8%, enquanto a Indústria de transformação cresceu 7,1%. Todos os segmentos pesquisados, como alimentos, bebidas, celulose e papel, metalurgia e produtos de minerais não metálicos, registraram variações positivas, com destaque para a indústria de bebidas (+10,7%), metalurgia (+9,1%) e celulose, papel e produtos de papel (+8,2%).

Por outro lado, a indústria extrativa maranhense sofreu uma retração de 13,7% no acumulado do ano, impactada pelo fraco desempenho na exploração de gás natural e minério de ferro peletizado.

No contexto regional, a produção industrial no Nordeste recuou 0,4% no acumulado de 2024, influenciada pela queda de 21,8% na indústria extrativa, que foi afetada pela redução na produção de gás natural, minérios de cobre, óleos brutos de petróleo e extração de sal. Já a indústria de transformação no Nordeste cresceu 0,6%, impulsionada principalmente pela fabricação de alimentos. Em nível nacional, a produção industrial no Brasil cresceu 2,6% no acumulado de 2024, com destaque para a indústria de transformação (+2,7%) e a indústria extrativa (+2,1%).

O desempenho da indústria maranhense destacou-se positivamente em comparação com as regiões Nordeste e Brasil, especialmente nos segmentos de bebidas, celulose, papel e produtos de papel, produtos de minerais não metálicos e metalurgia. No entanto, a fabricação de alimentos, principalmente carnes e miudezas de aves congeladas e outras preparações de carnes suínas, foi a principal responsável pelo crescimento de 4,7% no Brasil, superando os índices registrados no Maranhão (+2,0%) e no Nordeste (+1,4%).

Outras pesquisas, sondagens, estudos e indicadores podem ser acompanhados no site da FIEMA, https://www.fiema.org.br/fiema, no menu Publicações.